Lembra-se do dia em que tomei emprestado o seu carro novo em folha e o amassei?
Pensei que me mataria, mas você não me matou.
E lembra-se da vez em que o arrastei para a praia e você disse que ia chover, e choveu?
Pensei que ia dizer “Eu não disse?”. Mas você não disse.
Lembra-se da vez em que namorei todos os caras para lhe fazer ciúmes, e consegui?
Pensei que você me largasse, mas você não largou.
Lembra-se da vez em que derramei torta de morangos em cima do tapete do seu carro?
Pensei que fosse me bater, mas não bateu.
E lembra-se da vez em que me esqueci de lhe avisar que a festa era a rigor, e você apareceu de jeans?
Pensei que fosse me largar, mas não largou.
É, houve uma porção de coisas que você não fez.
Mas me aguentou, e me amou, e me protegeu.
Havia muitas coisas que eu queria lhe retribuir quando você voltasse do Vietnã.
Mas você não voltou.
Este poema, encontrado na página 88 do livro Vivendo, Amando & Aprendedo, de Leo Buscaglia, explica a respeito de adiar as coisas indefinidamente, em especial, cuidar das pessoas de quem realmente gostamos.
A autora deseja permanecer anônima.
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