segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sobre Morte

“Temos de aprender que a morte é apenas outro aspecto da vida. É uma separação do veículo, é uma continuação. A morte nos ensina a continuar.”

 

“A morte não é uma coisa assustadora. A morte nos ensina o valor do tempo. Percebemos como é precioso. Compreendemos que não temos a eternidade! A morte nos ensina a olhar e ver... e que as pessoas que amamos não vão ser sempre iguais”.

 

“Há muita gente que pensa na morte como se fosse um verdadeiro vilão. Felizmente, cheguei ao ponto em que fiz as pazes com a morte. Vejo a morte como uma coisa muito positiva, pois ela me diz que tenho um período de tempo limitado, e ela não brinca conosco. A morte nos diz isso desde o momento em que nascemos. Nunca se escondeu. Se está escondida, é porque nós a escondemos. Ninguém há de sair desse mundo vivo. Mas, sabem, existem pessoas que acham que acham que vamos sair vivos. Agimos como se tivéssemos a alternativa pela frente! ‘Ah, vou fazer isso amanhã.’’Eu sempre quis escalar uma montanha. Vou fazer isso amanhã. ‘ Pode ser que não possa”.

 

“Você só teme a morte quando não está vivendo. Se está envolvido no processo da vida, não vai gritar nem gemer. Se você tratou bem as pessoas quando elas estavam vivas, não vai se jogar sobre os caixões delas gritando: ‘Não vá, não vá!’Pelo amor de Deus! Nem sequer deixamos as pessoas morrerem com dignidade. Deixamos que morram culpadas, gritando: ‘Ah, por favor, não morra.’”.

 

“A morte é um processo contínuo e belo da vida. Depois que você a viu, não a teme mais. A morte é uma boa amiga, muito boa amiga, pois nos diz que não temos para sempre e temos que viver agora; assim, vocês vêem como cada minuto é precioso. Nós lemos isso e dizemos: ‘Ah, sim, é verdade’. Mas vivemos assim? Como é bom estar com o momento quando você vê uma flor. Quando alguém está falando com você, pelo amor de Deus, escute e não olhe por cima do ombro para ver o que mais está se passando. Se você não quiser estar comigo, então não fique comigo! Tudo bem, eu me adapto a isso. Mas já que vai ficar comigo, quer ficar comigo? Você diz: ‘Vou olhar para o mar.’ Você olha para o mar? ‘Ah, que pôr-do-sol mais lindo. ‘ Está falando sério? Você reconhece que ele nunca se repetirá?”.

 

“A morte nos ensina – se quisermos ouvir - que o momento é agora. É este o momento para pegar o telefone e ligar para a pessoa que você ama. A morte nos ensina a alegria do momento. Ensina que não temos a eternidade. Ensina que nada é permanente. Ensina-nos a deixar as coisas, que não há nada a que você se possa agarrar. E nos diz para deixar as expectativas e deixar que o amanhã conte sua história, pois ninguém sabe se chegará em casa hoje. Para mim, isso é um desafio tremendo. A morte diz: ‘Viva agora.’”.

 

“Por que a morte? Eu não sei por que a morte. Por que a dor? Quisera que não existisse, mas não sei ‘por que a dor’. Se eu passasse a vida querendo respostas a essas coisas, nunca viveria”.

 

“Temos que fazer as pazes com a morte a fim de escolher a vida, pois a morte é uma amiga incrivelmente boa. Ela nos diz que não vivemos para sempre. E se você quiser a vida, é melhor vivê-la agora! Pois, se esperar, ela pode não estar mais lá”.

 

“A morte é um desafio. Diz-nos para não perdermos tempo. Diz-nos para crescermos, diz-nos para nos fazermos! Diz-nos para nos dizermos nesse instante que nos amamos. Diz-nos para nos darmos agora!”.

 

“Não há nada a temer, da morte. Nada a temer. É o maior desafio que temos. Se se lembrarem de que não vivemos para sempre, poderão virar-se para a pessoa ao seu lado e não esperar, mas dizer: ‘Você é formidável. Obrigado por ser você.’”.

 



(Leo Buscaglia)

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